Entre os dias 14 e 17 de agosto, o Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IMREA) e o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro (IRLM) foram palco de três importantes eventos científicos internacionais: o XVII Simpósio Internacional sobre Neuromodulação, o IV Simpósio sobre Inovação e Neurociência Translacional e a IV Conferência Internacional de Pesquisa Clínica.
Organizados pela Associação Instituto Scala, os simpósios reuniram especialistas de diversas áreas – como médicos fisiatras, pesquisadores, engenheiros, neurologistas, advogados e neurocientistas – com o objetivo de compartilhar conhecimentos e debater os avanços da ciência na área de reabilitação neurológica. A programação contou com a participação da professora doutora Linamara Rizzo Battistella, presidente do Conselho Diretor do IMREA/Rede Lucy Montoro, e do professor doutor Felipe Fregni, da Harvard Medical School.
Durante os eventos, foram discutidas as mais recentes tecnologias voltadas à reabilitação, com foco em terapias não invasivas e abordagens centradas na saúde e na funcionalidade dos pacientes. Equipamentos de robótica, técnicas de neuromodulação e soluções baseadas em inteligência artificial foram alguns dos destaques apresentados, muitos deles já disponíveis em versões portáteis que permitem a reabilitação domiciliar com monitoramento remoto.
“A oportunidade de discutir os avanços da ciência em saúde digital, técnicas não invasivas personalizadas e protocolos específicos que impactam diretamente a autonomia e sociabilidade dos pacientes é maravilhosa”, afirmou a professora Linamara. Ela também destacou a importância de desenvolver estratégias de reabilitação que substituam tratamentos exclusivamente medicamentosos por soluções tecnológicas acessíveis e eficazes: “Temos que investir em terapias que o paciente possa levar para casa, como dispositivos monitorados remotamente, promovendo uma verdadeira medicina do futuro”.
A parceria entre a USP e a Universidade de Harvard, que há 17 anos realizam o simpósio de forma colaborativa, reforça o compromisso com a produção científica de excelência e a troca internacional de conhecimento. “Queremos inspirar novas perguntas e reflexões que impulsionem o avanço da ciência”, concluiu o professor Felipe Fregni.
Os simpósios reforçam a liderança do Brasil na área de reabilitação baseada em inovação tecnológica e contribuem significativamente para o desenvolvimento de soluções focadas na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
