70% dos acidentes envolve pacientes com até 40 anos; 90% são homens e 100% das vítimas sofreram lesão medular e se tornam tetraplégicas
Segundo levantamento da Rede Lucy Montoro, em 2019, 100% dos pacientes vítimas de acidentes causados por mergulho em praias, piscinas, rios e cachoeiras atendidos nas unidades da capital sofreram lesão medular com o comprometimento do movimento de todos os membros (tetraplegia). O balanço apontou ainda que 90% das vítimas são homens e 70% envolve pacientes com até 40 anos.
De acordo com o médico fisiatra da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, Dr André Sugawara, a falta de cautela e o consumo de álcool estão entre as principais causas. Segundo o médico, os banhistas devem tomar cuidado ao mergulhar em águas desconhecidas e no caso de cachoeiras, não mergulhar em águas com menos que o dobro da altura.
Além destas orientações, Sugawara alerta para que os usuários não entrem na água ou mergulhem embriagados, não participem ou permitam brincadeira quando estiver nadando ou mergulhando e ao mergulhar, sempre que possível estendam os braços ao lado da cabeça para protegê-la. “Evitar saltar de lugares muito altos e saltos ornamentais também ajudam a prevenir acidentes”, complementa o fisiatra. “Fique atento ao perceber que a pessoa que deu o mergulho está inconsciente, se afogando sem defesa, ou se ela está consciente e é capaz de falar, mas sente mal estar, pressão baixa e incapacidade de mexer braços e pernas para sair da água”, completa Sugawara.